Programas de treinamento e desenvolvimento beneficiam empresas de tecnologia, onde a adaptação e aprimoramento de habilidades acompanham as novas inovações.
O século XXI é marcado pela constante mudança e evolução dos cenários, consequência do avanço da tecnologia e acesso à informação.
A velocidade dessa evolução impacta diretamente o ritmo das organizações em suas alterações tecnológicas, sociais e culturais.
Para acompanhar esse ritmo, as empresas globalizadas que estão integradas com as tendências globais de mercado, devem buscar atualizar e desenvolver as pessoas trabalhadoras na mesma intensidade.
Contudo, a aceleração destas mudanças tem quebrado paradigmas no quesito aprendizagem empresarial, impactando também o desenvolvimento pessoal das colaboradoras e colaboradores.
Confira como programas de treinamento e desenvolvimento beneficiam empresas de tecnologia, aumentando a competitividade no mercado e criando um ambiente de trabalho mais motivador e inovador.
Boa leitura!
O cenário pós-pandemia intensificou o trabalho remoto e os novos formatos de comunicação assíncrona, trazendo diversos benefícios, mas também limitando o contato pessoal.
O que resulta na necessidade do desenvolvimento de habilidades de comunicação e relacionamento, que antes eram resolvidas no papo de café ou happy hour.
A atenção mais humanizada aos aspectos provocados pela distância, oportuniza o debate sobre desenvolvimento de soft skills, que são habilidades comportamentais.
Tornam-se parte do escopo de treinamentos aplicados nas empresas modernas:
Essas demandas novas de treinamentos comportamentais, somadas às de formação e atualização técnicas, como cursos e certificações, tem feito crescer o processo de educação continuada dentro das organizações significativamente. Desenvolvendo, assim, as empresas e as pessoas colaboradores.
“O estímulo à aprendizagem dentro das empresas se torna a própria estratégia de competitividade da organização" (CARVALHO, 1999, p. 139).
Neste contexto, adotar essa metodologia é um fator de desenvolvimento, competitividade e de sucesso empresarial. É uma ação bilateral mutuamente benéfica, interdependente e cíclica.
A área de treinamento e desenvolvimento é a responsável pela ação contínua de mensuração dessas competências e capacidades dos indivíduos, ou seus Conhecimentos, Habilidades e Atitudes (CHA).
É a área responsável por acompanhar essas mudanças e tendências, e aplicar no ambiente interno.
Para Marras (2011, p. 159), empresas de ponta bem organizadas, procuram detectar e desenvolver os verdadeiros talentos por meio de um plano de médio e longo prazo, traçando metas realísticas de avanço profissional em termos de resultados e desafios.
A forma mais adequada para isso acontecer é partindo do princípio da Andragogia, que outrora seria referida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como “educação continuada” ou “aprendizagem ao longo da vida”, e até mesmo “educação de adultos”.
Donadão (2013, p. 118) recomenda que para a realização desse processo de desenvolvimento, sejam direcionados:
70% do aprendizado para emprego de metodologias que favoreçam prioritariamente aplicações do conhecimento, projetos de aplicativos, grupos focais e task forces, que são as experiências práticas;
20% para abertura dos canais de coaching e mentoring, assessment 360 graus e outras formas de autodesenvolvimento, como a exposure ou a exposição;
10% para o que é definido como ações educacionais stricto sensu; sendo aplicadas em sala de aula, ambientes formais de aprendizagem, e-learning, cursos complementares, entre outros.
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Vale destacar que nos últimos anos o processo de gamificação, ou seja, quando o treinamento se torna um jogo, é tendência cada vez mais presente, tanto no mundo educativo quanto no empresarial.
A palavra gamificação provém da palavra inglesa game (jogo) e consiste na aplicação dos mecanismos e dinâmicas dos jogos no âmbito educativo-profissional para motivar e ensinar de forma lúdica.
Esse termo foi cunhado pelo programador britânico de videogames Nick Pelling em 2002, mas começou a adquirir relevância depois de 2010.
Desde então, a ideia de aprender jogando foi ganhando presença nas salas de aula e nas empresas de todo o mundo.
A geração presente no mercado de trabalho atual, conheceu desde a infância os mecanismos e a lógica dos jogos, sejam os de tabuleiro ou videogames mais avançados.
Portanto, fazem parte do subconsciente dessa geração conceitos como:
pontos e rankings;
ascensão de níveis;
prêmios e presentes;
desafios e missões.
Trilhas e jornadas de aprendizado, sistemas de emblemas e troféus, pontuações e premiações estão presentes no dia a dia das áreas de recursos humanos e treinamento.
A partir de iniciativas e investimentos por parte da organização e do próprio indivíduo com motivação para isso, é possível preencher as lacunas e superar as dificuldades encontradas em atrair, manter e desenvolver pessoas com competências comportamentais estratégicas e atualizadas.
Programas de treinamento e desenvolvimento beneficiam empresas de tecnologia, onde a adaptação e aprimoramento de habilidades acompanham novas inovações.
A integração desses programas como estratégia competitiva é vital para a sobrevivência e sucesso empresarial.
Eles incentivam, para além do desenvolvimento de habilidades técnicas, o aprimoramento de competências comportamentais essenciais.
Além disso, a adoção de metodologias inovadoras, como a gamificação, demonstra a adaptabilidade das organizações às preferências e experiências da geração nova de profissionais.
Ao combinar essas estratégias de forma contínua, as empresas se mantêm competitivas, contribuindo para o desenvolvimento pessoal e social das pessoas que atuam nela e da comunidade em geral.
O Data Talks é um projeto da Indicium Academy com aulas ao vivo e gratuitas.
São conteúdos cuidadosamente selecionados sobre o ecossistema dos dados, tecnologia e pessoas.
Você encontra temas desde inteligência artificial (IA) a conteúdos de soft skills, como alguns dos que foram mencionados anteriormente.
As aulas do Data Talks acontecem a cada 15 dias, às segundas-feiras, 19h.
Inscreva-se aqui.DONADÃO, Dorival. Desenvolvimento Gerencial (GD). In: BOOG, Gustavo; BOOG,
Magdalena. Manual de treinamento e desenvolvimento: processos e operações.
Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento. São Paulo: Pearson,
2013.
MOREIRA, Bernardo Leite. T&D como facilitador das mudanças organizacionais:
inovação e empreendedorismo. In: BOOG, Gustavo; BOOG, Madalena (coords.).
Manual de treinamento e desenvolvimento: gestão e estratégias. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2006.
GÓMEZ, Maria José Albert. Globalização, desenvolvimento local e educação
permanente. In: ZAYAS, Emilio López-Barajas (org.). O paradigma da educação
continuada. Porto Alegre: Penso, 2012.
ZAYAS, Emilio López-Barajas. O paradigma da educação continuada. Porto
Alegre: Penso, 2012.